sábado, 28 de julho de 2007

Sábado, feijoada e futebol

Neste sábado fui convidado para um almoço na casa de um velho conhecido. Pareceu ótimo e bastante inofensivo, pensei eu...
Na sequência fiquei sabendo que se tratava de uma feijoada. Opa, começou a ficar perigoso...
O mais grave estava por vir.
A feijoada não seria na casa, mas sim na lanchonete que o conhecido havia inaugurado. Uma feijoada especial para os amigos!!

E eu querendo emagrecer...

Fui com um amigo que foi nosso guia e meu filho até Barueri (para quem não conheçe, é uma cidade nos arredores de São Paulo).
Eram 14:30 quando chegou a feijoada. Borbulhando, cheirosa, derramando pelas laterais da cumbuca e absurdamente calórica.
Os acompanhamentos ajudavam bastante:
Arroz, torresmo, farofa e couve. A coisa mais light era a couve. Devidamente refogada no bacon.
Ah sim, para abrir ainda mais o apetite foi servida uma caipirinha caprichada.

Fiz um prato modesto. Uma baita dó de comer pouquinho. Os velhos costumes não dão sossego!
Comi bem devagar para aproveitar cada bocado. Um merecido e contido repeteco para evidenciar o quanto havia apreciado e pronto.
Quando terminei me dei conta que ainda poderia comer mais. Gostei de saber disso. Foi a deixa para saber que já era o bastante.

Enquanto almoçávamos um conhecido da turma comentou que iria assistir um jogo no estádio ali perto.
- Estádio?
- Pois é. O Barueri está construindo um estádio com capacidade para 30.000 pessoas (que ainda não está pronto), mas já acomoda 15.000 pessoas.
- Tá. E quem vai jogar?
- Barueri x Fortaleza! Barueri está na terceira posição, se continuar assim no ano que vem estará na primeira divisão!!

Meu filho me olhou de soslaio. Faz algum tempo eu prometi levá-lo no estádio mas nunca cumpri. Bem, chegou a hora.

Satisfeitos com a feijoada lá fomos nós pro estádio. Ficava a menos de 2 quadras da lanchonete e na rua já ouvimos o foguetório.
- Começou! Vamos que dá tempo!

Ingressos comprados, passamos pela enfadonha revista e avistamos as catracas. Logo à frente o campo com uma grama muito bem cuidada era triturada pelos cravos das chuteiras.
Me impressionei com a quantidade de mulheres e crianças no estádio. Senti que isso reduzia muito o risco de ser presenteado com algum pacote malcheiroso vindo das gerais.
Meu filho ficou maravilhado com o tamanho do estádio e.... por conseguir ouvir o ruído surdo que a bola emitia quando golpeada. Curiosa observação.

Final do primeiro tempo. Barueri 1 X 0.

Começou o desfile de vendedores. Hot-dog, refrigerante, salgadinhos, chocolates. Tudo que eu tenho que evitar.
Peraí. Alguém gritou "3 pacotes de amendoim por 1 real". Ah, isso acho que eu posso. Deve ter tão pouco amendoim que não vai fazer muita diferença.
Chamei o vendedor mas quem fez questão de pagar foi o amigo que convidou para assistir o jogo. Ok, obrigado!

Enquanto eu e meu filho tentávamos abrir o pacotinho com amendoim os jogadores voltaram do intervalo.

Início do segundo tempo. Pressão do Fortaleza.
Chuta, corre, empurra. Fizeram tanta questão que perto dos 30 minutos arrancaram um empate.
Insatisfeito por ver a vitória (merecida?) indo embora, o Barueri partiu pra cima. O jogo ficou empolgante!!
Chuta, corre, empurra e finalmente sai o segundo gol do Barueri. Nos últimos minutos da peleja, com o Fortaleza todo fechado, de modo valente o Barueri consegue a vitória.
Tivesse jogado assim o tempo todo teria feito uns 5 gols.

Final de jogo.

Saindo do estádio meu filho puxa meu casaco e confidencia:
- Pai, só descobri que o Barueri era o "de azul" quando fizeram o primeiro gol...
- Mas eu tinha te falado que o de branco era o Fortaleza...
- Ahh é...
- Olha, se o Santos não cair e o Barueri subir, vamos voltar para assistir outro jogo? Topa?

Topou na hora.
Eu e minha grande língua. Agora estou em dívida com ele novamente.
Que bom!

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