sábado, 31 de maio de 2008

"Junk food" pode ajudar macacos a lidar com estresse

Entre os macacos-rhesus do Centro Nacional de Pesquisas Primatas Yerkes em Atlanta, as moças de fino trato não são obcecadas com o peso.

A comida está amplamente disponível e as fêmeas de bom status social se orgulham de não dispensar nada. Elas parecem não estigmatizar a obesidade - não há lugar para piadinhas sobre as gordinhas - e certamente não se transformam em raios-x sociais.

Na verdade, as fêmeas dominantes geralmente comem um pouco mais do que as subordinadas. Os macacos de menos status podem pegar a quantidade de comida que quiserem, mas aparentemente têm menos vontade de comer, talvez devido aos altos níveis de hormônios do estresse em seus cérebros. A angústia de estar constantemente bajulando seus superiores sociais parece frear seu apetite, como suspeitam os pesquisadores, pelo menos quando sua comida comum, rica em fibras e com baixo teor de gordura, é o prato do dia.

The New York Times
As comidas gordurosas ajudem a bloquear as respostas ao estresse dos macacos
Mas imaginemos que eles sejam tentados com o equivalente a chocolate, batata frita e sorvete? Mark Wilson, neurocientista da Emory University, e sua equipe tentaram esse experimento no centro Yerkes ao instalar máquinas de alimentação com fornecimento constante de bolinhas com sabor de banana - não eram, assim, um sorvete com cobertura de chocolate, mas as bolinhas tinham quantidades de gordura e açúcar suficientes para agradar até o paladar humano. Em nome da ciência, eu provei algumas.

Quando essa comida ficou disponível, os macacos de menos status rapidamente desenvolveram um apetite. Eles começaram a ingerir significativamente mais calorias do que seus superiores sociais. Enquanto os macacos dominantes somente brincavam com as bolinhas doces e cheias de gordura como quem brinca com a comida no prato, os macacos subordinados continuavam a devorá-las depois de anoitecer.

Esses resultados podem não surpreender nenhum pobre assalariado estressado que liquida meio pote de sorvete à noite enquanto repassa as humilhações do dia. Mas o experimento intriga cientistas que estudam o consumo excessivo de fast food por humanos, algo tão difícil de entender por haver diversos fatores envolvidos.

A vontade de comer dos macacos não é tão complicada. As macacas fêmeas não são moças de dieta que uma vez provaram uma comida proibida e desde então não conseguem se controlar. Elas não estavam se rebelando contra padrões de magreza impostos por revistas de moda tiranas. Elas não escolhiam comer porcaria porque não encontraram alternativa saudável. Não foram seduzidas por comerciais que diziam que elas mereciam uma pausa.

No caso dos macacos, a situação parece ser simples. Eles obtêm algum tipo de conforto que é particularmente atraente para os macacos subordinados. Uma possibilidade é que as comidas gordurosas ajudem a bloquear as respostas ao estresse dos macacos. Estudos com roedores mostraram que alimentos te alto teor calórico causam uma transformação metabólica, obstruindo a liberação de hormônios do estresse, como o cortisol.

Outra explicação possível, a mais plausível para os pesquisadores do centro Yerkes, é que as guloseimas ativaram uma série de reações químicas de recompensa no cérebro. Elas podem ter proporcionado o mesmo tipo de recompensa de dopamina da cocaína, que foi estudada em um experimento anterior com macacos na Wake Forest University.

Naquele experimento, os macacos dominantes não demonstraram muito interesse em pressionar uma alavanca que administrava uma dose intravenosa de cocaína. Mas os macacos subordinados, que começaram com receptores de dopamina comprometidos, empurravam a alavanca para receber mais cocaína, da mesma forma como os subordinados do primeiro estudo devoravam as bolinhas com sabor de banana. Wilson sugere que os macacos que comem guloseimas estão reforçando os sistemas de dopamina que foram diminuídos pelo estresse.

"Basicamente, comer alimentos calóricos se torna uma estratégia de superação para lidar com eventos do dia-a-dia de um indivíduo em situação social difícil", afirmou Wilson. "Os subordinados não chegam a ser espancados, mas são assediados por macacos em posição superior. Se eles estão sentados em um lugar e um macaco dominante se aproxima, têm que ceder o lugar e se afastar dali. Eles estão sempre receosos".

Os resultados parecem ratificar o famoso estudo do governo britânico sobre funcionários públicos, que revelou que trabalhadores subordinados eram mais obesos do que os de maior posição hierárquica. Apesar de os subordinados não serem pobres e terem plena assistência médica, seu status mais baixo estava relacionado a mais problemas de saúde.

Os novos dados sobre os macacos também respaldam um estudo norte-americano que observou as tendências em relação ao lanche das mulheres. Após montarem um quebra-cabeça e gravarem um discurso, as mulheres foram tentadas com opções de barras de cereais de chocolate, batata frita, bolinhos de arroz e pretzel oferecidos pela equipe de pesquisadores, comandada por Elissa Epel, psicóloga na Universidade da Califórnia.

As mulheres que pareciam mais estressadas pelas tarefas, o que foi medido pelos níveis de cortisol, comeram mais dos lanches doces e altamente gordurosos, o mesmo comportamento observado nos macacos subordinados com altos níveis de cortisol. Porém, como alerta Wilson e outros colegas, vários outros fatores, além da posição social e do estresse, afetam a dieta e a circunferência da cintura.

Debra A. Zellner, psicóloga da Montclair State University, testou tanto homens quanto mulheres, colocando potes de batata frita, chocolates M&MS, amendoim e uvas roxas em uma mesa durante o tempo em que os participantes trabalhavam para resolver anagramas. Algumas pessoas receberam anagramas sem solução, e eles relataram de forma clara estarem mais estressados do que aqueles que receberam anagramas fáceis de resolver.

O estresse aparentemente afetou a opção de lanche de formas diferentes para cada sexo. As mulheres que receberam anagramas com solução comeram mais uvas do que M&MS, enquanto as mulheres sob estresse preferiram o chocolate. Os homens comeram mais das comidas gordurosas quando não estavam em situação de estresse, aparentemente porque aqueles que receberam anagramas fáceis tinham mais tempo para relaxar e conceder-se um pequeno prazer.

Zellner afirma que esses padrões de gêneros ocorrem provavelmente devido a uma simples diferença entre os sexos: mais mulheres estavam de dieta. Estudos anteriores demonstraram que tais "comedores reprimidos" têm mais tendência do que pessoas que não estão de dieta a devorar guloseimas uma vez que se entregam à tentação. Isso pode ocorrer por estarem com fome, mas também porque todo o controle desaparece uma vez que uma dieta é quebrada - a teoria do "não quero nem saber" que comanda os excessos.

Humanos não têm tanta sorte quanto os macacos em um aspecto. "Mulheres afirmam que comem alimentos de alto teor calórico para se sentirem melhor quando estão estressadas", diz Zellner, "mas, na verdade, elas não se sentem bem depois de comê-los. Em vez disso, pelo fato de serem comedoras reprimidas, elas sentem culpa e acabam se sentindo pior. Macacas não têm essa bagagem cognitiva".

Ao que parece, somente os macacos encontram conforto nas comidas "confortantes".

Fonte: http://cienciaesaude.uol.com.br/ultnot/2008/05/30/ult4477u695.jhtm

terça-feira, 27 de maio de 2008

Vigésima quinta pesagem: +600 gr

Que festas de aniversário, churrasco, pizza e feijoada não combinam com dieta não é novidade.
Tampouco é novidade que se privar de tudo que se gosta é garantia de fracasso no processo.

A coisa complica quando tudo isso acontece em uma mesma semana, em dias seguidos e com pessoas que não se tolera abrir mão da companhia.

Foi exatamente o que aconteceu esta semana.

No domingo a festa de aniversário de um anjinho, com velhos amigos e muita coisa gostosa, na quarta pizza com o pessoal da empresa, na quinta churrasco e no sábado uma deliciosa feijoada.

A foto do prato de feijoada foi tirada pelo Diogo Merino, que já nos incentivou com o depoimento dele algum tempo atrás e que mantém uma forma invejável. Muito obrigado pela foto e pela companhia!

Para a próxima semana espero ter novidades. Academia, aqui vou eu!

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Foto de antes - Viagem a Abrolhos


Navegando no álbum de fotos da empresa onde trabalho, vi esta foto tirada em 2006 quando visitei pela primeira vez o arquipélago de Abrolhos. Uma viagem muito divertida, com um pessoal que vale a pena conviver. Não fosse o excesso de peso teria sido ainda melhor!

Para quem quiser ver mais fotos, basta acessar o endereço abaixo:
http://www.caminhodeabrolhos.com.br/joomla108/index.php?option=com_rsgallery2&&catid=1

terça-feira, 20 de maio de 2008

Vigésima quarta pesagem: -200 gr

Mais alguns dias de lenta redenção se passaram. Se não fiz tudo o que gostaria para acelerar meu processo, também deixei de lado um monte que certamente iriam atrapalhar.
Ainda não consegui a mágica de incluir a academia nas minhas atividades. Trabalhar das 08:30 até 21:30 (todos os dias) tem destes espinhos.... Enquanto isso o jeito é ir remediando com o bom senso na mesa e evitando as pequenas armadilhas.

É incrível como algumas pessoas reagem negativamente quando você, educadamente, recusa alguma comida. Isso fere os brios alheios como se fosse uma punhalada!
- PEGA SÓ UM!!
- SEU INGRATO!!
- TANTA GENTE PASSANDO FOME E VOCÊ REJEITANDO COMIDA!!

E por aí vai.
Seria até cômico, não fosse outra coisa.
Pensando um pouco, o que ocorre é que elas decidem que aquilo que estão oferecendo é bom para você. Normalmente querem de coração nos ajudar de alguma forma. Quando recusamos esta ajuda então sentem-se injustiçadas.

O raciocínio é idêntico à quando ajudamos alguém a superar uma dificuldade qualquer. É difícil pensar em ajudar sem exigir a contrapartida de que ele supere o problema de vez. O ajudar por ajudar - sem cair em apatia - é um dom que proporciona aos seus detentores uma potencial extra para ser feliz.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Até o fim

E você, vai encarar até o fim?

terça-feira, 13 de maio de 2008

Vigésima terceira pesagem: - 600 gr

Pisoteando sobre as obviedades, esta semana já me sinto muito melhor.

A decisão de retomada está surtindo efeito, e do peso que havia ganho me livrei de 600 gr.
Claro que é pouco, mas já aponta a nova tendência. Sem contar que emagrecer muito rápido nos deixa com cara de doentes. Não adianta ficar com a cara "chupada" se a barriga continua proeminente.

Não vai ser esta semana que poderei retomar a academia. Estou quase decidindo comprar uma esteira, mas tenho receio de que se torne um cabide de toalhas. Alguém que me visita tem esteira em casa? Poderia me dar algumas dicas sobre isso?

Vou buscar mais água que hoje ainda falta bastante para fechar minha quota.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Vigésima segunda pesagem: + 4.100

Pelo título do post vocês já sabem o que está acontecendo.
Meu processo anda mal, muito mal...

As coisas começaram a desandar quando abri mão da academia para ficar até mais tarde no trabalho. Depois disso deixei de ir para dormir uma hora a mais, em seguida por pura preguiça e quando me dei conta fazem 5 meses que não apareço por lá.

Estou bastante chateado por ter ganho tanto peso, em um tempo tão curto. Parece que estou me afogando em comida, despropositadamente. As roupas que estavam folgadas, voltaram a apertar. As novas não servem mais e o caminho de volta parece terrivelmente duro de trilhar.

Traí os meus objetivos de emagrecimento, sabotei minha confiança e permiti que a rotina me abatesse e me derrotasse. Estas palavras podem parecer exagero, mas representam exatamente como estou me sentindo neste momento.

Bem, o que fazer agora?

Já que sentar e chorar não vai resolver nada, o jeito é dar início a retomada. Os próximos passos serão:
  1. Ingerir no mínimo 2 litros de água por dia - sendo no mínimo metade deste volume gelada;
  2. Jantar frutas, de preferência com bastante fibras para normalizar a digestão;
  3. Agendar para a próxima semana o retorno à academia, já que para esta semana será inviável;
  4. Reduzir de forma gradativa os petiscos e guloseimas que por besteira passei a aceitar dos amigos;
  5. Comprometer-me a atualizar o blog no mínimo 1 vez por semana para dar a conhecer a todos os que quiserem acompanhar o meu progresso.

Se os amigos me dão licença, vou buscar um pouco de água.